Desempenho Inovador

Será que todos temos de fato a habilidade de diferenciar o que é inovação ou não?

Levando este questionamento para o âmbito de uma empresa que se propõe a comercializar produtos ou serviços inovadores, o mesmo torna-se ainda mais pertinente. Perceber o potencial inovador do fruto do seu trabalho é condição básica de existência.

Antes de tudo, é fundamental diferenciar um ato inventivo de uma inovação. O ato inventivo trata-se do resultado da produção intelectual humana, de caráter irreverente. Logo, se você produziu algo que ainda não existe, você a inventou. E ponto. Para que esta invenção assuma o caráter de uma inovação é necessário que esta exerça impacto em dimensões sociais, econômicas ou políticas, de modo a transformar a forma com a qual as pessoas se relacionam entre si ou com seu meio.

Nesta perspectiva, percebemos que, para inovar, é demandado um esforço adicional em relação ao que é aplicado para criar algo. E isto é negligenciado por grande parte daqueles que se propõe a inovar (Startups, Firmas de base tecnológica, etc).

A inovação envolve o desenvolvimento de um conjunto de habilidades ou capacidades para que se alcance efetividade em seu desempenho. Estas capacidades alocam-se em duas esferas: Econômica e Tecnológica.

Dentro da esfera Tecnológica, a primeira (e a mais conhecidas entre as empresas) é a capacidade de Desenvolvimento: habilidade de mapear e compreender o estado da técnica, a fim de criar ou otimizar produtos/serviços para elevar a eficiência técnica ou econômica de um segmento. Esta costuma ser a habilidade primária nos projetos de base tecnológica.

Ainda nessa esfera, encontra-se a capacidade Operacional, ou seja, habilidade de executar um sistema produtivo. É problemático pensar numa ampliação de escala sem antes estruturar a operação do sistema, com padrões de qualidade, processos, controles, entre outras funções que permitirão o redimensionamento da sua estrutura.

Na esfera Econômica, encontram-se as capacidades Gerencial e Transacional. A Gerencial tem o objetivo de transformar as saídas da etapa de Desenvolvimento em arranjos transacionais, ou seja, refere-se à habilidade de criar ou explorar mercados existentes para a inserção do produto/serviço desenvolvido. A capacidade Transacional, por sua vez, refere-se à habilidade de otimizar os custos de transação, gerenciando a cadeia de produtiva.

Para a maioria dos projetos de base tecnológica, dado uma diversidade de fatores, (tais como: equipes enxutas, pouca interdisciplinaridade, pouca experiência de mercado, entre outros fatores) quase nunca desenvolve estas capacidades a um mesmo passo, o que leva a falência de muitos projetos.

Contudo, ainda que as circunstâncias não permitam um desenvolvimento simultâneo destas capacidades, é fundamental que todas recebam sua devida atenção em algum estágio do projeto. E a palavra chave para isso é PLANEJAMENTO.

Planejar o desenvolvimento das capacidades de inovação é fundamental para o desempenho do projeto, e torna possível GERIR o processo de inovação.

Você já possui um Plano para a Gestão da Inovação do seu projeto?

Paulo Hugo

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