Transformação Digital nas Corporações

Não é raro algum amigo me parar para conversar sobre transformação digital nas organizações e os temas associados que estão na moda, como: mídias sociais, tecnologias mobile, Big Data, data analytics, data driven, inteligência artificial e performance digital. 

É fácil ver o fascínio que as novidades provocam nas pessoas e como a ideia de ter uma tecnologia de ponta ou “estar na crista da onda” motivam as organizações a buscarem por inovação. O problema é que muitas vezes essa mesma empolgação, demonstrada por alguns, vem acompanhada de um alto sentimento de insegurança e, às vezes, resistência. Principalmente, por parte de outras pessoas importantes no processo de aprovação de desenvolvimento de um projeto dessa natureza.

Também é comum ouvir relatos de frustrações – às vezes bem recentes – com projetos que consumiram recursos valiosos das organizações e que não produziram nenhum efeito. Acredito que um processo de transformação digital começa na compreensão de como a organização deve se preparar para uma mudança que realmente promova resultados.

Os desafios da inovação

Seja visar a otimização de um processo ou o uso mais eficiente dos dados para uma tomada de decisão mais qualificada, o objetivo é impactar (essencialmente) na maximização das margens da organização – redução de custos ou no aumento das receitas. Esse propósito continua sendo o indicador mais simples e relevante para a avaliação de uma vantagem competitiva sólida. 

Alcançar esse impacto é um desafio grande: segundo pesquisa da PWC, não existe correlação direta entre investimento em P&D e retorno sobre inovação. Em outras palavras, não é quanto você investe, mas como você investe. E é assim, à luz de um ambiente competitivo, que as organizações devem definir suas prioridades estratégicas e construir projetos de inovação coerentes com sua visão. 

Recentemente li o PwC’s Innovation Benchmark Report, uma pesquisa global com 1200 executivos de 44 países, e o ponto crítico é que as suas motivações para “patrocinar” inovações equivalem a sustentar a capacidade de suas empresas crescerem a longo prazo. 

Na prática das empresas pesquisadas que investem mais de 15% de suas receitas em inovação, 65% acreditam que o seu maior desafio gerencial é manter o alinhamento entre inovação e estratégia de negócios. Das que investem menos, apenas 13% demonstram a mesma preocupação. A conclusão: muitas empresas estão “voando às cegas” com muito dinheiro em jogo, e isso tem que mudar.

Métodos de suporte para inovar

As organizações que já passaram por esse processo de compreensão foram “vacinadas” contra tentações (mais recorrentes do que se imagina) de desviar seu foco e adiar resultados. É importante lembrar que esses resultados, via de regra, são a melhor maneira de manter a sustentação de projetos de inovação. Em outras palavras, essas empresas têm mais chance de sucesso.

Ao colocar essas teorias em prática, há cinco ações essenciais para inovar nas estratégias de negócios sem perder o foco: 

  • Para começar, identifique quais metas podem (ou devem) ser impactadas pelos seus projetos; 
  • Desafie-se a estimar qual o impacto financeiro para sua organização, quando estas metas forem atingidas. Isso pode ajudar a validar o orçamento do investimento, sobretudo quando a relação entre retorno e investimento é positiva; 
  • Pense nas fases dos projetos, buscando fixar marcos executivos claros que sirvam como “pontos de controle” da evolução; 
  • Aprofunde sua reflexão sobre as ações a medida que o projeto se desenvolve, detalhando e comunicando, aos envolvidos, as revisões no plano do projeto; 
  • E o mais importante: Cuide das pessoas, mantendo uma boa relação com sua equipe, ouvindo, engajando e, sempre que possível,  celebrando as conquistas!

Seja você uma empresa que já nasceu digital, seja você uma empresa que precisa adaptar o seu modelo de negócio a realidade atual, a mensagem é clara: se manter competitivo no mercado, cada dia mais, requer adaptação e evolução constante. A última dica é: Se for para começar, comece agora!

Marcelo Cruvinel é empresário, sócio da Esferaquatro Consultoria e Projetos e da Outsmarting Performance Digital, um ativista do empreendedorismo, entusiasta da inovação e pai do Matias.

Fonte: 

https://www.pwc.com/us/en/advisory-services/business-innovation/assets/2017-innovation-benchmark-findings.pdf
https://www.forbes.com/sites/tendayiviki/2017/06/12/why-companies-must-align-innovation-strategy-with-business-strategy/#7ebe4d8344a5

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